23 setembro 2010

Quando eu vou

Esse problema não é de ninguém,

tropeçamos nele, levantamos e seguimos.

É um imenso problema,

mas não é meu.

Se quiser, leve-o com você.

Dê-lhe banho, corte as unhas, faça como quiser.

Mas não o deixe aqui, na minha frente.

Porque aqui eu o vejo, o sinto,

e não o quero sentir, ver, cheirar.

Leve-o e lhe darei alguns trocados,

Mas nunca mais apareça, você, ele e todo o resto.

Suma, e suma comigo também,

me desapareça.

Mas me desapareça devagarzinho

que é pra eu poder lembrar por que eu quis assim.

Rodolfo Carneiro.

9 comentários:

  1. perdemos um cientista politico e ganhamos um poeta?

    ResponderExcluir
  2. e que poeta ...
    e que expressão...

    ResponderExcluir
  3. Que nada. Ninguém ganhou ou perdeu coisa alguma.
    O poeta havia tirado férias.

    ResponderExcluir
  4. Ah, preciso dizer que esse blog tem ganhado minha afeição. Os textos estão repletos de subjetividades, que lindo!

    ResponderExcluir
  5. Foi Salésio que comentou pelo meu. Safado.

    ResponderExcluir
  6. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (pra Salésio)

    que com certeza não é poeta, mas o comentário foi engraçado.

    ResponderExcluir
  7. Acho que Rodolfo quer esquecer algo. Já é o segunto texto que ele escreve e se entrega nas entrelinhas.

    Desculpa se eu tiver errada!

    ResponderExcluir