Uma inovação no maquinário, precisamente a invenção da máquina a vapor e das máquinas destinadas a processar o algodão, foi o que desencadeou uma sucessão de transformações profundas, a Revolução Industrial; foi também quando se iniciou a história da classe operária na pioneira Inglaterra. É isso, o proletariado moderno nasce com a revolução das máquinas, como seu produto imediato.
29 setembro 2010
25 setembro 2010
Se
E se durar como o sol,
o sol não dura mais que um dia.
E se durar como a chama,
a chama sempre se apaga.
Como podes ser tão inconstante?
Se tu és bom, por que não dura?
Como o triste fim da formosura
ficou escrito nas linhas do meu rosto
Anne Raisa
o sol não dura mais que um dia.
E se durar como a chama,
a chama sempre se apaga.
Como podes ser tão inconstante?
Se tu és bom, por que não dura?
Como o triste fim da formosura
ficou escrito nas linhas do meu rosto
Anne Raisa
23 setembro 2010
Quando eu vou
Esse problema não é de ninguém,
tropeçamos nele, levantamos e seguimos.
É um imenso problema,
mas não é meu.
Se quiser, leve-o com você.
Dê-lhe banho, corte as unhas, faça como quiser.
Mas não o deixe aqui, na minha frente.
Porque aqui eu o vejo, o sinto,
e não o quero sentir, ver, cheirar.
Leve-o e lhe darei alguns trocados,
Mas nunca mais apareça, você, ele e todo o resto.
Suma, e suma comigo também,
me desapareça.
Mas me desapareça devagarzinho
que é pra eu poder lembrar por que eu quis assim.
18 setembro 2010
Março
No ponto de ônibus,
um amontoado espera.
Está oco,
as roupas lhe mantêm a solidez,
uma lembrança o liquefaria.
Vota, consome, fode e reza,
Mas não existe, não está.
Perdeu a si mesmo sozinho,
errou o caminho,
envelheceu.
Cadê o antigo futuro?
Onde o deixou?
Em cima da estante,
no porta-retrato irreconhecível?
No amigo que morreu de repente?
Ou naquele dia perfeito que insiste existir?
Sacode a cabeça homem!
Tome o meu lenço.
Viva o que é, uma extravagância passageira.
Se puder, espera.
Espera o inevitável.
Espera o ônibus.
Espera eu desmentir o seu poema,
mas não me espere mais.
Rodolfo Carneiro
um amontoado espera.
Está oco,
as roupas lhe mantêm a solidez,
uma lembrança o liquefaria.
Vota, consome, fode e reza,
Mas não existe, não está.
Perdeu a si mesmo sozinho,
errou o caminho,
envelheceu.
Cadê o antigo futuro?
Onde o deixou?
Em cima da estante,
no porta-retrato irreconhecível?
No amigo que morreu de repente?
Ou naquele dia perfeito que insiste existir?
Sacode a cabeça homem!
Tome o meu lenço.
Viva o que é, uma extravagância passageira.
Se puder, espera.
Espera o inevitável.
Espera o ônibus.
Espera eu desmentir o seu poema,
mas não me espere mais.
Rodolfo Carneiro
15 setembro 2010
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