O gênio de Chico Buarque se expressa inúmeras vezes em poderosas figuras de pensamento e de linguagem e no manejo hábil com as palavras. Apenas ele é capaz de assentar na letra de uma melodia palavras como paralelepípedo (Vai Passar) ou saracoteando (Já passou) sem prejudicar a frase musical e enriquecendo o sentido do texto! Basta você comparar, na contramão, com pérolas de outros compositores famosos; do Nasi, por exemplo - aquele que parece o Wolverine, compositor do Ira – cujo trabalho o humorista Danilo Gentili resume maliciosamente assim: “Rima você com você, pronto aí, genial”. Aliás, clique no link: http://www.youtube.com/watch?v=VOCzrNh_ygg&feature=related e divirta-se um pouco.
Mas voltemos a falar apenas de gênios. Muitos artistas usam literatura, pinturas, músicas e outras artes para expressarem o que sentem. Não pode ser o caso de Chico Buarque. Ou ele é uma mulher! É impressionante o número de canções que trazem um eu lírico feminino. Imagine que se é difícil produzir uma música falando o que você sente, mais complicado ainda, certamente, é escrever o que outra pessoa sente. Se a outra pessoa é a sua mãe ou sua irmã, talvez seja um pouco menos difícil. Mas que tal a mãe de um marginal favelado? Que tal uma prostituta? Que tal uma jovem apaixonada de 17 anos? E a riqueza com que o Chico se descreve na qualidade de uma personagem mulher é tão grande que deixa mulheres e homens abobalhados e embasbacados. Fervilham comunidades no Orkut do tipo “Eu daria para Chico Buarque” ou “Eu vou casar com Chico Buarque”. O velho é um fenômeno. As únicas comparações que parecem razoáveis em relação à sua profundidade de entendimento do universo emocional feminino são com os defuntos Machado de Assis e Nelson Rodrigues.
Desde as primeiras letras, em 1966, podemos constatar o esmero descritivo que iria se apurar mais tarde, por exemplo em “Ela e sua janela”: “Ela e sua menina, ela e seu tricô, ela e sua janela espiando. Com tanta moça aí na rua, seu amor só pode estar dançando.” O desafio ainda atual da mulher reclusa em casa, tendo de cuidar da casa e dos filhos, distraindo-se em trabalho solitário sobre tricô, dependente emocional e economicamente do homem que provê a casa. Ele que, por sua vez, tem vida social com mais rotura, sai com os amigos, investe paquera, está na rua; ela em casa. Este mote se repete em obras posteriores.
A trilogia “Com açúcar, com afeto”; “Cotidiano” e “Sem açúcar” é prestigiosa. Primeiro a mulher, claramente submissa na música (alguma coisa a ver com a realidade?), faz o doce predileto do seu marido, para ver se ele sossega em casa. Mas não, ele coloca o melhor terno e sai, para descrença dela. Ele “diz que é um operário, sai em busca do salário pra poder me sustentar, qual o quê! No caminho da oficina, há um bar em cada esquina pra você comemorar, sei lá o quê!” Ao final, ele diz que vai mudar; e ao vê-lo cansado, maltrapilho, maltratado, a mulher acede novamente ao marido, condescendente. Mas essa é a perspectiva dela. O prisma dele é outro, que o Chico nos oferece em “Cotidiano”: todo dia é igual, repetitivo e monótono. Todo dia ela faz tudo sempre igual, todo dia diz as mesmas coisas, todo dia o mesmo sorriso, todo dia ele quer parar. O cotidiano é uma rotina, espremida entre o trabalho e o básico como dormir, levantar-se, fazer refeições. E, portanto, também ele não está satisfeito. Ao contrário do carinho e doçura com que a personagem trata o marido em “Com açúcar com afeto”, em “Sem açúcar” o tom é furioso e mais expressivo. Enquanto a frase musical é quase a mesma de “Cotidiano”, “Sem açúcar” mostra uma relação desgastada em que sobrou pouco de cumplicidade. “Todo dia ele faz diferente, não sei se ele volta da rua, não sei se me traz um presente, não sei se ele fica na sua”. A Lei Maria da Penha está para nos lembrar das situações de violência doméstica sobre a mulher, apreendida assim na letra dessa música: “Dia ímpar tem chocolate, dia par eu vivo de brisa. Dia útil ele me bate, dia santo ele me alisa. Longe dele eu tremo de amor, na presença dele me calo. Eu de dia sou sua flor, eu de noite sou seu cavalo”. Talvez eu nem precisasse insistir que os dias úteis são cinco em cada semana, é quando ela apanha; ao passo que os dias santos são esporádicos, quando ele lhe dá carinho. A sua vontade prevalece sobre a dela.
Diante da dificuldade de viver assim a vida, algumas pessoas aventuram-se no estrangeiro. “Iracema voou” apreende a circunstância, e destaca o trabalho difícil e a difícil adaptação de uma mulher modesta a esse novo lugar que mal lhe acomoda, ou que não lhe acomoda por inteiro: “Iracema voou para a América. Leva roupa de lã e anda lépida. Vê um filme de quando em vez, não domina o idioma inglês. Lava chão numa casa de chá”.
E assim se repete nas letras do Chico o que tem repetição em nossa sociedade - com as maravilhosas mulheres, amadas e desamadas, em nuances de poder doméstico e submissão, desprezo, malícia, paixão, esperanças, enfim, tudo aquilo que caracteriza os humanos. As pessoas não são iguais, mas rege uma constituição que deveria garantir igualdade de condições e de direitos, ao menos. E se todos têm direitos, o que dizer do direito de amar? Em “Tango de Nancy” a personagem diz simplesmente, à guisa de resposta para o meu problema: “Quem sou eu para falar de amor? Se de tanto me entregar nunca fui minha”. Que amargo, e amargo continua: “O amor jamais foi meu, o amor me conheceu, se esfregou na minha vida e me deixou assim”. Mas vejo surgir uma nova mulher, emancipada. A independência financeira que muitas delas lograram alcançar é pano de fundo para esta mudança. Mulher que não abaixa a cabeça, altiva, desafiadora e auto-confiante, a dizer como em Sob medida: “Se você crê em Deus, erga as mão para os céus e agradeça. Quando me cobiçou, sem querer acertou na cabeça (...) Meu amigo, se ajeite comigo, e dê graças a Deus!”.
Juliano Dourado Santana
Salésio me lembrou que a palavra "Escafandristas" (Futuros amantes) deveria estar incluída no texto, ao lado de "saracoteando". Ele tem razão. O verso é o seguinte:
ResponderExcluir"E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos..." (Futuros amantes - Chico Buarque)
É! Eu disse isso!
ResponderExcluirAinda bem que você não esperou pela minha ajuda hauahuahauhauahu
ResponderExcluirChico é esplêndido e eu daria pra ele numa boa rs.
São muitas mulheres dentro de uma homem só...
Apenas ele é capaz de assentar na letra de uma melodia palavras como paralelepípedo (Vai Passar) ou saracoteando (Já passou) sem prejudicar a frase musical e enriquecendo o sentido do texto!
ResponderExcluirEu amo Chico de coração, e não apenas pelo eu lírico feminino - ele realmente compreende a mulher! No entanto, esse "apenas ele (...)"... Penso ser um juízo de valor perigoso. O jazz está repleto de exemplos de melodias excepcionais, sem falar na música clássica, principalmente no tonismo de Wagner... Outro exemplo clássico: "A Primavera" de Vivaldi. Se não me engano, "My name", de Antony and the Johnsons realiza a mesma façanha. Não há, em verdade, limites para a música, pelo menos naquilo que ela possui de matemática.
De fato vários outros compositores estabelecem a relação letra-melodia de uma forma ímpar, embora tenha entendido o 'apenas ele' como força de expressão. Por outro lado, não poria o jazz como referência no uso da palavra junto à melodia, já que seus mais consagrados feitos melódicos são instrumentais.
ResponderExcluirSobre o 'tonismo de Wagner', com todo respeito, prefiro não comentar.
de quem é este ultimo comentario?
ResponderExcluirO comentário é anônimo, Sr. Anônimo.. Quem vai saber de quem é, não se identificaram justamente por isso, não querem que saibam.
ResponderExcluirAcho que são 3 anônimos agora.
ResponderExcluirMilton Cardoso... Tenta se expressar melhor aí. Explique seu ponto de vista com mais clareza. Eu não consegui entender como o jazz, Wagner, Vivaldi e tudo mais entraram na história.
ResponderExcluirAnônimo nº1... Deixa o Milton se expressar melhor. Depois que ele conseguir explicar o que quis dizer, gostaria de ler outro comentário seu. Me parece que você tem boas idéias sobre música.
Demais anônimos... Façam algum comentário de proveito.
Laio,
ResponderExcluirMúsica é combinação matemática. Eu poderia descontruir todo o texto de Juliano para provar as inúmeras contradições do ponto de vista dele, embora reconheça que ele entenda bem de música. É chato responder a um anônimo, mas qualquer instrumento musical pode reproduzir a melodia de qualquer palavra (os lieders de Schubert, por exemplo). Quanto à "A Primavera" de Vivaldi, puxa, como um músico pode ignorar que essa composição é considerada como a construção matemática mais bela e perfeita da música?! O que quis dizer, citando alguns exemplos clássicos de inovação musical, como o leit-motiv wagneriano, entre os demais exemplos, é que a música pode expressar tudo, absolutamente tudo. Não à toa muitos artistas a consideram como a arte maior de todas. Né?
P.S.: Acho que há um problema com o site. Eu tento ler as novas postagens, mas sou reconduzido para esta.
Pois bem Milton,
ResponderExcluir"Música é." Eis aí uma afirmação que vale um Nobel. Eu realmente gostaria que música fosse somente combinações matemáticas. Mas não é.
Não vejo contradições musicais no texto de Juliano. Até porque ele não está falando sobre "MÚSICA" nesse texto.
Nem todo instrumento tem a capacidade de reproduzir determinadas melodias, exatamente por isso que existem mais de um instrumento, com diferentes timbres, alturas, afinações e tudo mais. (Os lieders de Schubert não fortalecem seu argumento)
Quanto a CONSTRUÇÃO MAIS BELA E PERFEITA DA MÚSICA, ta aí outra oportunidade de ganhar outro nobel. Afirmando isso você acaba de inventar o "MUSICÔMETRO". Seria um aparelho que mede o valor que tem uma música. Mas eu pergunto: Qual seria os parâmetros usados por esse aparelho?
A MÚSICA não expressa tudo. Até porque não sei de que "tudo" você se refere. Não vejo contradições no texto de Juliano. No entanto vejo no seu comentário uma das mais enormes contradições. Você escreveu na primeira linha do seu comentário que música é combinação matemática, depois encerra o mesmo comentário afirmando, contraditoriamente, que MÚSICA é arte. O que é pior, a maior de todas.
Escute alguma peça serialista de Schoenberg. , ou de outros mais. Você vai ouvir as mais "belas" combinações matemáticas da música, porém, talvez alguns padrões estéticos não vão te possibilitar apreciar tal peça musical com o mesmo sabor e admiração que você mostra ter por Wagner ou Vivaldi e demais velhinhos do mundo da música. Talvez você simplesmente diga que o que você ouviu não é música.
Eu sinceramente não me vi tocado a responder os comentarios a respeito das 'combinações matematicas' ou 'arte das artes'. Sou o número 1 e continuo achando o comentário do sr.Milton pura falácia descabida, com todo respeito.
ResponderExcluirPrimeiro, eu adoraria ve-lo desmontando o texto com argumentos musicais.
Sobre o comentário, serei mais direto: 'Qualquer instrumento musical pode reproduzir a melodia de qualquer palavra' se entendi bem, o que ele quis dizer foi ' qualquer instrumento musical pode criar melodias pra qualquer palavra' e de fato, é possivel (a não ser que seja um pandeiro) enfim, concordo e ai? Onde isso contesta o que eu disse? Continuo dizendo que o jazz, se tratando da relação LETRA-melodia, não pode ser considerado um grande expoente. Citar uma obra de Schubert, só por supostamente ser um bom exemplo da questão discutida, simplesmente discordaria de que 'apenas chico' é capaz de faze-lo. O que teria alguma coerência no bafafá.
No mais, não são indagações cabíveis num texto que analisa a capacidade de Chico Buarque como letrista.
Anônimo nº1... vc é chato!
ResponderExcluir"...No mais, não são indagações cabíveis num texto que analisa a capacidade de Chico Buarque como letrista."
Acabou toda a graça de falar de música
huahuahuahuahuahuahuahu
Mas essa última afirmativa é verdadeira. Eu concordo.
Só uma OBS ao anônimo nº1: "...qualquer instrumento musical pode criar melodias pra qualquer palavra' e de fato, é possivel.)
ResponderExcluirNão concorde com essa afirmação, pois nem todo instrumento,e não estou falando dos instrumentos percussivos, são capazes de produzir melodia à determinadas palvras.
Bem, eu não retiro o que eu disse. Se você vier me dizer, que tal instrumento, inventado no cu da grécia, não é percussivo e também não é melódico, pra mim, não vale a pena discutir. Agora se você tiver falando de insturmentos convencionais, por assim dizer, sim, é possivil sim, já que afirmo isso num ambito pessoal, de criação pessoal, de expressão pessoal. Sem discutir qualidade melodica ou qualquer coisa do tipo. Meu ponto de vista é prático. Com qualquer instrumento melodico eu produzo uma melodia e como sou atrevido, ponho a letra que eu quiser. Se isso fica musical ou não, depende de muita coisa.
ResponderExcluiro possivil, é possivel.
ResponderExcluirJá me abusei dessa conversa de música e arte. Creio que Milton fala da matemática de Poincaré e Perelman, não na de Leibnitz.
ResponderExcluirDe qualquer forma, só por curiosidade, há um grande autor alemão, Thomas Bernhard, cujo romance mais famoso, O Naufrago, é sobre um interprete de Bach. O ritmo e a estrutura das frases do romance é o mesmo das Variações Goldberg. Li uns trechos traduzidos e me parece fantástico. Penso como seria em alemão.
Também to abusado de ficar lendo muitos nomes de autores, compositores e pensadores e argumentos baseados na força de um nome de alguém que não oferece nenhum argumento importante para tal ocasião. Queria ver idéias, seguir um pensamento analítico musical sério e atual.
ResponderExcluirApesar que, seria tarefa dificil educar os ouvidos de todos os que escrevem pra esse blog, em prol de fazer a todos entender alguns comportamentos sonoros. Todos tem suas limitações. Inclusive eu.
Parece que o que dizem é verdade. Alguns dão risada da graça e outros da fumaça.
Laio,
ResponderExcluirA música é a arte por excelência, é linguagem universal, exprime tudo, apreende, ou cria a ilusão de apreender, como a poesia, o ser no tempo. Não há uma só etnia que não expresse o seu Estar no Tempo através da música (e da dança). Tão excelente é a arte musical, que alguns escritores tentaram escrever musicalmente, entre eles, um brasileiro. Além disso, é uma das artes que não se tornaram instituições do Poder (depois falam que Foucault não serve para nada, né?). Arte genuinamente do povo – se a clássica não o é, isso se deve mais a questões de formação, mesmo porque o elitismo musical é reduto de uma dúzia de pessoas. O Universo é musical. Alienígenas serão contatados através da linguagem musical. Juliano conhece Neurologia, logo, sabe que o cérebro humano é musical, biologicamente falando. Ele é historiador, sabe que Toynbee considerou a salvação possível do Ocidente através da música negra. Num interregno próximo, claro, o que não significa que não já estejamos nele – as mudanças no Oriente são relevantes.
Finalmente, ao criticar o texto de Juliano, não me refiro a erros fatuais, muito pelo contrário, ele é um polímata de primeira. O caso é que nós somos induzidos a escrever sob as normas da ABNT e, na maior parte dos casos, conseguimo-lo. O que eu quis dizer, o tempo todo, é que, fora dessas normas, o texto de Juliano não é bom. Não é bom, entende? Não o é, tanto como Paulo o é na articulação, não, porém, na ficção. De resto, para o bem de todos, vou parar por aqui.
Não é bom por que mesmo?!
ResponderExcluirNo quesito "Arte", eu estou com o laio. Nem me atrevo a defini-la. O que ela exprime ou deixa de exprimir ou significa ou apreende, não me interessa.
ResponderExcluirQue a música esteve presente em todas as culturas humanas, sim é verdade. Isso não facilita dizer o que a música É. Tampouco nos autoriza a dizer que usaremos linguagem musical para contatarmos alienígenas (sic). Primeiro, não somos arautos do futuro. Segundo, alienígenas?
E duas palavras sobre salvação: estamos perdidos?
Auto-crítica: que o meu texto não seja excepcional, eu até entendo. Mas quais os defeitos dele? Articulação, ficção, ABNT ? Hã?! Ademais, é apenas uma introdução ao singular desenvolvimento de personagens femininos nas canções do chico buarque. O que se expressa claramente pelo "parte 1" lá em cima.
Assim posso perguntar novamente: Não é bom por que mesmo?
Milton,
ResponderExcluirLembre-se que, diferente do anônimo nº1, não estou a fazer provocações.
Quanto a sua opnião sobre o texto de Juliano, não poderei comentar. É a sua opnião.
Quanto a esse comentário: ( A música é a arte por excelência, é linguagem universal, exprime tudo, apreende, ou cria a ilusão de apreender...), como já havia escrito antes, não acho que você foi feliz escrevendo: "Música é".
Lembre-se sempre que "Música" remete a algo conceptivo. O "Eu" é quem dita as regras nesse caso. Vou simplificar num exemplo bem interessante: Uma orquestra de uma universidade européia foi relizar um concerto, se eu não me engano, na Índia. Bom o fato é q era música ocidental sendo exposta à ouvidos orientais. Enfim, a orquestra estava toda no palco afinando os instrumentos. O Oboé dá um "lá" e toda orquestra afina através dessa referência. É um ritual que pode durar alguns minutos. Quando a orquestra terminou de afinar, o público começou a aplaudir freneticamete, de pé!
Moral da história. Para os "músicos" nenhuma música acontecera ali. No entanto para o público, que tem outra vivência musical, outros sistemas musicais etc, aquilo foi um espetáculo musical.
ESTÉTICA MUSICAL! A manifestação do ser, do pensar, do "EU" sobre o som.
Não podemos confudir SOM com MÚSICA.
Talvez os sons nos possibilitem de falar com E.T sim!
Quanto ao ser humano ser músical, prefiro dizer que o ser humano segue alguns padrões semelhantes aos que o próprio criou para reconhecer a música como tal.
Ps: Nós estamos aqui pra compartilhar conhecimento. Gostaria de conhece-lo pessolmente pessoalmente.
Será que dá pra organizar um encontro Confraria de Tolos?
ResponderExcluirVou pensar nisso!
Se o Chico Buarque não fosse tão ousado e fosse só escritor, ou diretor teatral, enfim se contivesse em fazer só uma coisa que não música, concerteza não teríamos essa discussão musical (Mas como já foi dito ele tem mania de ser um gênio). Acrescentando à análise das letras que contém o Eu lírico feminino do Chico que se refere o texto, deixo uma citação:
ResponderExcluir"Eu gosto de mulher não pra provar minha masculinidade. O inverso, pra provar minha feminilidade. Experimentá-la, ensaiá-la, rebuscá-la. Afeminado eu, diriam os seguidores mais incivis do meu tuíter. Quase. O afeminado admira a mulher de longe. Quem gosta de mulher, admira dentro, fora, em todas as faces, camadas e labirintos. Porque a devoção nos escapa às mãos peludas. Ela vai aonde a beleza feminina for. Quem vê um corpo, não gosta de mulher. Gosta aquele que vê em cada mulher um planeta com vida." trecho do texto do Gabito Nunes que pode ser encontrado www.carascomoeu.com.br
Adorei o texto Ju! (não só por você elogiar um cara que eu gosto bagarai).
ResponderExcluirNão tive paciência pra ler todos esses comentários falando de coisas técnicas e não tenho nenhum conhecimento pra compartilhar sobre isso... Para mim arte boa é aquela que eu me identifico (não só música).
Mas ri pra caramba com os comentários desse anônimo número um, que arisco.
P.S.: Paulinho, você me faz parecer que como capim com seus comentários. Fala grego (não necessariamente estando no cu da Grécia) . Hahaha
Milton,
ResponderExcluireu não entendi bulhufas: "Finalmente, ao criticar o texto de Juliano, não me refiro a erros fatuais, muito pelo contrário, ele é um polímata de primeira. O caso é que nós somos induzidos a escrever sob as normas da ABNT e, na maior parte dos casos, conseguimo-lo. O que eu quis dizer, o tempo todo, é que, fora dessas normas, o texto de Juliano não é bom. Não é bom, entende? Não o é, tanto como Paulo o é na articulação, não, porém, na ficção. De resto, para o bem de todos, vou parar por aqui."
Eu tentendi que você não achou bom o texto, mas não entendi o por que!