As relações mundiais são em maior parte relações de trocas, com uma mercadoria especial que se troca virtualmente por todas as outras: dinheiro. Mas de onde vem o dinheiro? Ele não pode simplesmente surgir do nada. Mas é quase isto. Dinheiro é uma nota de valor comercial, já que pode ser trocado por quaisquer produtos, criado para contrabalançar um débito contraído. Ou seja, os dinheiros são criados do nada, vamos dizer assim, falsamente. A criação de dinheiro significa mais ou menos empréstimos sobre títulos, como garantia. Cada nota que circula significa débito. Se ninguém tivesse débitos, se todos pagassem todas as suas dívidas, inclusive os governos, não haveria uma só nota circulando.
A explicação acima está quase correta porque quase reflete a realidade. Mas falta um elemento: juros! Os empréstimos normalmente exigem juros sobre o montante, de modo que o valor a ser pago sempre excede o valor que se tomou emprestado. Agora o raciocínio imediato: Se todos pagarem os seus empréstimos, todas as notas irão parar de circular. Contudo, com que dinheiro se pagará os juros? Nenhum. Esse dinheiro não existe.
As pessoas se endividam porque é realmente isso que se espera num sistema em que as dívidas são sempre maiores e crescentemente maiores do que o dinheiro circulando. De modo que a necessidade de dinheiro empurra as pessoas para tentarem conseguir uma melhor fatia da quantidade de dinheiro circulante. Isso mantém bilhões de pessoas atrás de um emprego ou melhores empregos e as alimenta ideologicamente com a idéia de que necessitam ser profissionalmente mais eficientes. Você “precisa” se especializar, “precisa” se graduar, “precisa” ser mais produtivo. A lógica do mercado se tornou um imperativo moral.
Nas outras formas de escravidão era diferente. O dono/comprador de escravos necessitava gastar com a aquisição da sua mercadoria, depois precisava zelar pela sua mão-de-obra. Era preciso alimentar o escravo, vestir-lhe, cuidar-lhe, providenciar a sua moradia e subsistência . Agora, o dono de escravos é dono somente daquilo que realmente lhe importa, a capacidade de trabalhar da outra pessoa, e paga somente por isso. E nem precisa pagar adiantado. Pagar no final do mês, chama-se salário. Maravilha.
O objetivo das corporações capitalistas é maximizar lucros. Que eu tenho a ver com isso? Dinheiro. Quero dizer, dinheiro: sistema generalizado de endividamento das populações.
Juliano Dourado Santana
A explicação acima está quase correta porque quase reflete a realidade. Mas falta um elemento: juros! Os empréstimos normalmente exigem juros sobre o montante, de modo que o valor a ser pago sempre excede o valor que se tomou emprestado. Agora o raciocínio imediato: Se todos pagarem os seus empréstimos, todas as notas irão parar de circular. Contudo, com que dinheiro se pagará os juros? Nenhum. Esse dinheiro não existe.
As pessoas se endividam porque é realmente isso que se espera num sistema em que as dívidas são sempre maiores e crescentemente maiores do que o dinheiro circulando. De modo que a necessidade de dinheiro empurra as pessoas para tentarem conseguir uma melhor fatia da quantidade de dinheiro circulante. Isso mantém bilhões de pessoas atrás de um emprego ou melhores empregos e as alimenta ideologicamente com a idéia de que necessitam ser profissionalmente mais eficientes. Você “precisa” se especializar, “precisa” se graduar, “precisa” ser mais produtivo. A lógica do mercado se tornou um imperativo moral.
Nas outras formas de escravidão era diferente. O dono/comprador de escravos necessitava gastar com a aquisição da sua mercadoria, depois precisava zelar pela sua mão-de-obra. Era preciso alimentar o escravo, vestir-lhe, cuidar-lhe, providenciar a sua moradia e subsistência . Agora, o dono de escravos é dono somente daquilo que realmente lhe importa, a capacidade de trabalhar da outra pessoa, e paga somente por isso. E nem precisa pagar adiantado. Pagar no final do mês, chama-se salário. Maravilha.
O objetivo das corporações capitalistas é maximizar lucros. Que eu tenho a ver com isso? Dinheiro. Quero dizer, dinheiro: sistema generalizado de endividamento das populações.
Juliano Dourado Santana
Money, que é good e nois num have.
ResponderExcluirsistema generalizado de endividamento das populações... SGEP... seria a sigla.
e apois!
ResponderExcluirMoney, que é good e nois num have. [2]
ResponderExcluirNovidades:
ResponderExcluir1. Já é possível Votar nos textos. A idéia foi sugerida por Kabelo. Pareceu impossível, mas no fundo foi possível implantá-la sem maiores dificuldades. Infelizmente, ainda não é possível votar também nos comentários! Iria dar o que falar.
2. Agora há uma comunidade no orkut com a finalidade de divulgação do blog: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=102459697&refresh=1
Atenciosamente.
valeu pelo credito da ideia
ResponderExcluirPela quantidade de comentários no texto, conclui que as pessoas gostam mais de gastar seu dinheiro que falar deles...rs
ResponderExcluir(sobre o texto)
ResponderExcluir