Gripe A H1N1
Tomando como verdade que todos se interessam por sua saúde, e tendo em vista os recentes comentários a cerca da ‘campanha de vacinação contra a Influenza A H1N1’, este texto trás um apanhado geral sobre o mecanismo de ação desta tão afamada e temida doença.
No entanto, antes de analisarmos a gripe A, faz-se necessário o entendimento do mecanismo da infecção viral. Assim como quais são as diferenças entre esta e a “gripe comum”, aquela a que já estamos acostumados a conviver, principalmente durante o inverno.
Pensando nesses motivos, este texto foi esquematicamente dividido em três partes. De forma a deixar a leitura mais interativa, e didaticamente mais eficiente. Esta, a primeira: ‘o vírus, a infecção viral e a resposta imune’. A segunda: ‘gripes e resfriados’, que diferencia estas duas doenças. Por fim, a terceira: ‘influenza A H1N1 e a vacinação’, trata exclusivamente deste subtipo de gripe e sua vacina.
O vírus, a infecção e a resposta imune.
Virtualmente, as células são auto-suficientes e reproduzem-se de maneira ininterrupta, desde que haja o suprimento adequado de nutrientes. Dos alimentos são retirados a energia e os substratos (tijolos); a energia é então convertida e armazenada, para que possa futuramente ser usada nos eventos biológicos; já os substratos selecionados são usados na permanente reconstrução de nosso corpo. Assim, o anabolismo (quebra) e o catabolismo (construção) se equilibram para que o metabolismo fisiológico (funcionamento normal) se processe e possamos permanecer sadios.
Tanto as células de organismos unicelulares quanto as de pluricelulares apresentam duas macroestruturas que sedimentam a vida: o material genético e as organelas. O material genético (DNA ou RNA) é um componente celular complexo, cuja função principal é armazenar a “receita” da síntese dos constituintes da célula. Este armazenamento é realizado por meio de uma seqüência codificada de bases, os nucleotídeos. Já as organelas são a maquinaria celular e apresentam funções distintas, possibilitando seu funcionamento. São as responsáveis pela síntese de compostos celulares, quebra de macromoléculas, assim como pela liberação da energia. Dessa forma, o ciclo celular é mantido.
Diferentemente das células, os vírus não apresentam as organelas necessárias à manutenção da vida. Logo, são invasores dependentes, uma vez que necessitam das estruturas de uma célula hospedeira para completar seu ciclo reprodutivo - utilizam-se da célula invadida. Basicamente, as estruturas presentes nos vírus são: o material genético, que é introduzido no hospedeiro; e uma cápsula protéica que reveste e protege o material genético. Como será abordado mais tarde, é esta cápsula que confere a especificidade de invasão, característica singular a cada vírus.
De maneira sucinta, a sucessão de eventos através do qual um vírus entra em contato com um indivíduo e o invade caracteriza a infecção. O organismo é então exposto a corpúsculos (também substratos) que lhe são estranhos – os antígenos. Evento esse que desencadeia uma resposta imunológica. No entanto, esta invasão não é dada ao acaso, ela ocorre de modo especifico e gradual. A partir desse ponto, entram em cena nossas células de defesa – que fazem parte de nosso sistema imune. Este é o mecanismo que dispusemos para barrar a progressão de uma invasão.
A invasão pode evoluir, a princípio, de duas maneiras: pode ser interrompida ainda neste estágio inicial, evoluindo para uma cura assintomática, não caracterizando a infecção, mas sim uma invasão. Ou evoluir para um estado doentio, quando a infecção toma maiores proporções, quando um determinado tecido ou órgão tem seu funcionamento comprometido. Daí instala-se a doença.
Retomando, ainda durante a infecção viral, a maquinaria celular deixa de responder às funções celulares e passa a ser comandada apenas pelo material genético intruso, no caso, do vírus. Ocorre nesse momento a síntese das estruturas específicas ao invasor, em detrimento da necessidade celular, o que pode levar a morte celular. Este é um dos motivos do adoecimento.
Em se tratando de nossa resposta imune, ela depende do reconhecimento das estruturas do vírus. Este evento pode ocorrer de até três maneiras, tanto pela fagocitose do vírus propriamente dito, quanto pelo contato com proteínas especificas do vírus e estranhas ao organismo, que são liberadas junto com a destruição da célula invadida. A continuação da invasão evolui ainda para a liberação de substancias sinalizadoras para a circulação, que são produzidas tanto pelas células invadidas, como pelo tecido circunvizinho, o que caracteriza a terceira maneira de reconhecimento. Este é o mecanismo pelo qual se atrai ainda mais células de defesa numa nova tentativa de conter a evolução do processo infeccioso. Sem delongas, é por meio do reconhecimento de substratos estranhos que se processa a resposta imunológica.
Para concluir esta primeira parte, e não deixar o texto muito cansativo e/ou técnico. É interessante saber ainda que, no caso da resposta imunológica de ação específica, o fato de já havermos entrado em contato com tais antígenos, torna a resposta mais especifica e eficiente Este é um dos princípios da vacinação e a explicação porque não contraímos algumas viroses mais de uma vez na vida, como o sarampo, por exemplo.
Diego Dourado Santana
Né?
ResponderExcluirHuahuahuahauhau
ResponderExcluirO que foi isso Di? Este texto tomou um caminho errado, acho que ele deveria ter ido parar na science, nature ou outra revista de grande impacto cinetífico.
Ele é simplesmente quase que imcompreensível para um leigo ou qualquer outro que não esteja na área biológica. Você vir me falar de organelas, substratos, spliceossomos, efeito de ácidos graxos sobre hipercolesterolêmicos (rs) ainda vai, mas se a idéia era que alguém lesse o texto e chegasse até o final, não sendo o leitor um apreciador da saúde, creio que este tomou um caminho errado, e o blog visa esclarecer as mais diversas áreas para todos.
Já ia me esquecendo, mas adorei o texto, deveríamos fazer um estudo e publicar um artigo. O que acha?
Eu odiava biologia até recentemente, porque tive uma professora que explicava igual dieguinho... Se a intenção era fazer o leitor não gostar de ciências biológicas ao mesmo tempo em que se prova que sabe algum conteúdo, ficou realmente muito bom. Parabéns.
ResponderExcluirAgora uma piada: (risos)
Morg, isso é um blog! Não é lugar para publicar a sua carta-do-leitor endereçada à revista Science.
auahuahua
Para Juliano:
ResponderExcluirMinha intenção só era que o autor do texto, Dieguinho, percebesse o quanto não é divertido falar de ciência de forma técnica para não-médicos. E não há melhor lugar para se falar ou comentar sobre o texto se não aqui mesmo!
Nossa, que mulher inteligente!
ResponderExcluir(Flertando): Me dá uma chance contigo, senhorita Morganna?
:P
Desculpe! Sou compromissada.
ResponderExcluirMas posso te dar uma chance, de ser um bom amigo...
:)
Ui!
ResponderExcluirHauhauahuha
creimdeuspai!!!
ResponderExcluirnao sei se mando dieguinho ir tomar no cu ou se mando juliano!
afinal de quem é a culpa? do cachorro que caga num lugar indevido? ou do dono do lugar indeviduo q permite a porcaria?
fala serio, faz até mau pra reputação do blog!
DIeguinho, na moral, vc não é tão chato assim, pior, nao come ninguem com essa conversinha de doutor house! (rsrsrsrrs)
triste!
em pensar que um texto de dieguinho ja foi o melhor dese blog, pra mim!
Olha aí, tenho que me defender!
ResponderExcluirDiego escreveu um texto excessivamente técnico sobre a gripe suína. Eu devolvi o texto com comentários, a maioria deles pedindo para o texto ser mais "legal", e menos chato, extenso e técnico.
Ele corrigiu o texto, mas não seguiu a sugestão. Aí eu editei o texto, e mandei pra ele. Ele resmungou, disse que queria o texto integral, porque "estava faltando a metade". Então eu avisei: vou colocar do jeito que você tá pedindo, mas se prepare para as críticas. Inclusive as minhas.
E aqui estamos!
esse dieguinho tb ta se achano de mais!
ResponderExcluirta pensano que eh quem?
acho que na faculdade de medicina vcs se preocupam de mais em inventar nomes legais que ninguem conhece, pra se sentirem superiores, pois bem, leva essa liçao pra casa: uma das principais preocupaçoes de quem escreve eh pra quem escreve, e se foi pensando na gente, q escreveu isso.... que merda tu tem na cabeça?
e outra.
ju, ainda assim vc fez mal, nao era pra ter postado isso!
Claro que era! Olha o ibope que deu!
ResponderExcluirDieguinho, seu texto está ótimo do ponto de vista científico, a Imunologia agradece a sua explicação detalhada de como as céluas do corpo contrai um vírus e as queridas células serial Killer (NK)tentam se defender do agressor (vírus). Mas eu gostei das analogias que vc fez inicialmente para explicar o funcionamento das células. Nos próximos textos científicos, tente fazer mais analogias deixando o texto mais compreensível para aqueles que não entendem bulufas!!!! rsrsrs
ResponderExcluirCampanha de prevenção da gripe: BEBAM BEBIDAS ALCÓOLICAS.
ResponderExcluir“Se apenas limpando as mãos com álcool se elimina o risco do vírus da gripe, tomando cachaça então, ele nem chega perto!”
A Pri já viu a analogia de Uilliam? Perfeita! kkkkkkkkk
ResponderExcluirUma pena que somente de tempos em tempos eu tenha um punhado de tempo livre. As coisas acontecem quando estou ausente e só me sobram as conseqüências...
ResponderExcluirSacanagem! Este texto está muito chato.
ResponderExcluirEu não posso iniciar qualquer comentário sem antes congratular todos aqueles que conseguiram chegar ao final. E, acima de tudo, meu sincero respeito àqueles que compreenderam o assunto, e aos que tiveram despertado o interesse pelo tema – a mais atual das pandemias humanas.
Preocupar-se com o mecanismo pelo qual uma doença se processa dentro do organismo humano não é a mais comum dos entretenimentos. É claro que não bastasse a extensão, o texto está repleto daqueles termos biológicos que convivíamos no ensino médio. Aqueles mesmos que esquecemos assim que passamos no vestibular...
Enfim, talvez seja por esses e outros motivos que o conhecimento nesta área tenha tornado-se tão restrito ao seu público.
Ou não...
Excelente! Este texto está realmente bom.
ResponderExcluirOra, quem julga uma obra o faz a partir do embasamento que têm. Assim, é normal que boa parte daquele público voltado aos estudos e deliberações humanas e/ou artísticas não veja com bons olhos as obras que tratem de ‘matérias específicas’. Em especial, assuntos da área de saúde - mesmo existindo temas que sejam de interesse e domínio público.
Por outro lado, esse embaraço por conta de conceitos prévios, ou mesmo pela ausência destes, não pode e nem deve nortear as postagens do Confraria. Não acredito que caiba a nenhum de nós autores, se não ao público enquanto leitor, o poder de limitar as produções – ressalta-se que este é um posicionamento explicitamente pessoal.
Pretensiosos que somos, como tolos, escrevemos sobre tudo. Absolutamente tudo. E é o direito primeiro do leitor o poder de censurar: lendo ou não o quem bem entender e desejar. Por isso, cabe muito bem a disposição das postagens na tela inicial: todas aparecem com mesmo tamanho, e se ordenam de maneira cronológica, em detrimento do tamanho da obra e do número de comentários que acumule (prós ou contras).
Assim, não é pelo tamanho ou pela especificidade do tema que se ganha espaço aqui. Mas pela habilidade de entreter e alimentar seu público, com as armas que melhor convir ao autor. E o reflexo positivo pode ser mensurado pelo número de críticas construtivas que este obtém.
Então, aos que gostaram no texto e tendo ou não comentado, denoto meus agradecimentos.
Dieguim.
ResponderExcluirvc não fez um tratado biologico, nem nada do tipo, fez um texto pra um blog.
pra um blog, pessimo texto! não preciso memorizar termos biologicos e se precisasse tenho um notebook com HD de 320 gigas, e pr ae tem um tal google, é serio véi, vc é melhor que isso, vc sempre teve um brilho pra nós, agora eu temo q o brilho se transformou em canhões de refletores que ao apontar pra nós nós não o enchergamos, vc não é um refletor ofuscante, sua luz nunca foi apenas sua faculdade, se agora passar a ser nós não vamos mas ser capases de apreciar o que era seu brilho.
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claro que nós que me refiro sou eu, rsrsrs
Eu já me vacinei, preciso ler até o final?
ResponderExcluirCampanha de prevenção da gripe: BEBAM BEBIDAS ALCÓOLICAS.
ResponderExcluir“Se apenas limpando as mãos com álcool se elimina o risco do vírus da gripe, tomando cachaça então, ele nem chega perto!”
Eu já me vacinei, preciso ler até o final?
eiii mas eu nao me vacineiii... e nem li até o final, como eu faço ? será q eu vou morrerr ?